BOAS PRÁTICAS NA COMERCIALIZAÇÃO DE PESCADOS EM FEIRAS LIVRES DE VITÓRIA, ESPÍRITO SANTO

Resumo

Pescados vivos e frescos, formas mais vulneráveis à contaminação e à deterioração, são comumente comercializados em feiras livres. A comercialização de alimentos nestes ambientes pode envolver práticas de manipulação inadequadas e ocasionam riscos à saúde do consumidor. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar as boas práticas de manipulação durante a comercialização de pescados em feiras do município de Vitória, Espírito Santo. Foram avaliadas 16 barracas que comercializavam pescados em feiras livres localizadas no município de Vitória, Espírito Santo. A avaliação foi realizada pela observação direta por meio de lista de verificação contendo 33 itens, sendo estes avaliados como “adequado”, “inadequado” ou “não se aplica”. As barracas das feiras foram classificadas como “Bom” (76 a 100% de atendimento dos itens), “Regular” (51 A 75% de atendimento dos itens) e “Ruim” (0 a 50% de atendimento dos itens). Além disso, foi verificada a correlação entre os blocos de itens avaliados. Todas as barracas avaliadas foram classificadas como “Ruim”, o que indica a ocorrência de diversas inadequações. Foram observadas falhas estruturais, presença de animais e bueiros nas proximidades, superfícies inadequadas para manipulação dos pescados, falta de gelo para conservação, ausência de uniforme adequado por parte dos manipuladores e uso de adornos. Houve correlação positiva muito forte entre os blocos Instalações e Condições de armazenamento, manipulação e exposição. As boas práticas de manipulação durante a comercialização de pescados não foram cumpridas nas barracas avaliadas. Deste modo, sugere-se adequação das condições estruturais, orientação e capacitação dos comerciantes para promover a segurança dos alimentos comercializados.